quarta-feira, 27 de abril de 2011

(MAL) USO DO TWITTER NO FUTEBOL

Há algum tempo foi publicada uma matéria no "lancenet" entitulada: Jogadores de futebol ainda dão 'caneladas' no Twitter. E parece que de lá pra cá tem se acentuado ainda mais os estragos e as confusões causadas por 140 caracteres escritos por um atleta no twitter, que transformam insatisfação em polêmica. Ainda hoje é bastante recorrente, pelo menos nos grandes clubes, que apenas determinados atletas sejam escolhidos para dar as famosas entrevistas coletivas, seja ao final do treino ou do jogo. Mas se alguém hoje quiser saber o que se passa na cabeça de um determinado jogador ou técnico, o caminho encurtou bastante: basta torcer para que ele tenha um Twitter, seguí-lo, e esperar que o seu sangue ferva e que ele lance alguma bomba no mundo virtual. E esse uso do twitter escancarou de vez as relações entre técnicos, jogadores de futebol e até torcedores.

Casos mais famosos envolveram o atacante Kléber, do Palmeiras e o técnico Luiz Felipe Scolari. Tempo depois, o Twitter virou ferramenta de atrito entre o zagueiro Alex Silva (São Paulo), o técnico Paulo César Carpegiani e o jogador Valdívia. Tivemos ainda atritos e xingamentos entre o comentarista Neto e Ronaldo Fenômeno, e um dos mais curiosos foi entre o atacante Caio e o técnico Joel Santana, desgostoso por conta da função assumida em um jogo contra o Olaria, atirou pelo Twitter: “É f... Um sol pra cada um e eu tendo que acompanhar lateral... Chateado demais... m...!!”. Depois disso, o uso de Twitter por parte dos jogadores do Botafogo foi proibido. A diretoria do time alvinegro vetou o uso da ferramenta para evitar novas polêmicas no clube.


O fato é que as redes sociais viraram uma febre mundial e, no Brasil, as celebridades do esporte começaram a aderir essas ferramentas. O problema é: como usufruir desse meio de comunicação sem perder a individualidade ou prejudicar a si próprio, ao clube e ao outro com fotos ou declarações infelizes?


Recentemente, o meia Souza, do Fluminense, também deu o que falar por uma declaração no microblog. O jogador (que participava de uma Twitcam com o atacante Emerson) não gostou de um comentário feito por um internauta e retrucou: "Tenho dinheiro para comprar todos os computadores de vocês". Horas depois, a assessoria do clube divulgou na qual o jogador justificou que havia entrado 'no clima da brincadeira.'


Especialista em marketing esportivo, Rafael Zanette explica que falta a esses jogadores mais orientação sobre o tamanho dessa ferramenta.


- Muitas vezes eles não têm noção da proporção do Twitter. Muitos acham que estão falando apenas para amigos, mas eles têm às vezes mais de 20 mil seguidores, o que atinge uma repercussão gigantesca. Dependendo do caso, pode acarretar até em processo - analisou Zanette, que atribui às assessorias de imprensa, tanto dos atletas como dos clubes que eles defendem, a responsabilidade de passar essa orientação.

Fica então o recado do BLOG DA PELADA DO COUTO: Resuma. Abrevie. Seja breve. Comunique-se em poucas palavras. As mídias sociais têm um alcance infinito e podem sim prejudicar suas carreiras e suas vidas. É a modernidade a favor de quem sabe usar, e devastadora para quem escreve o que quer sem pensar nas conseqüências. Pedir desculpas depois, não apagam palavras nem atos, apenas diminuem seus valores. 

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